quinta-feira, 10 de novembro de 2011

“Prova final” para o MEC?

No fim dos anos 90, o Ministério da Educação criou um exame nacional cujo maior objetivo era o de proporcionar acessibilidade àqueles que querem garantir o ensino superior como parte da formação educacional, além de avaliar o nível de qualidade do ensino médio brasileiro.
Porém, no decorrer dos anos, houve situações de instabilidade por parte daqueles que compõem os principais pilares de sustentação do ENEM: MEC ( Ministério da Educação) e INEP ( Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) exatamente por terem existido, consecutivamente, inúmeras falhas na  aplicação do exame, desde uma simples divulgação de gabarito até o mais recente e polêmico absurdo: vazamento de questões no colégio Christhus, em Fortaleza, CE, ou seja, menos cinco pontos na “avaliação de aprendizagem” do MEC!
Corrupção nunca foi novidade para as nações que têm, como base de organização social a política. Contudo, essa prática torna-se mais evidente naqueles países cuja seriedade, há muitos anos, fora corrompida e mal estruturada pelo desvio de honestidades. É assim que acontece com nosso imenso e tão mal administrado país. Se desde a origem foi semeado o “jeitinho brasileiro”, é indubitável que ele crescesse com esse aspecto de malandro, sobretudo para as questões educacionais. Aliás, o que é educar mesmo, senhor excelentíssimo ministro da educação? Ou seja,  menos três pontos na “avaliação de aprendizagem” do nosso “querido” advogado e economista, Fernando Haddad. (ah! as eleições de SP vêm aí, “se ligue”! Os paulistas entendem de educação!)
Os desrespeitos somados aos descasos que se tornaram tão comuns por parte dos nossos políticos nos revelam o quão estamos atrasados e mal assistidos, não só no âmbito educacional, mas, sobretudo no que diz respeito à humanização do homem na sua mais genuína essência. Vivemos  em pleno século XXI, com uma suposta sensação de modernidade para alguns aspectos, e em outros -como educação e respeito a outrem-  somos como os primitivos, por não sabermos lidar com as problemáticas sociais, pior: não sabemos resolvê-las porque a leiguice e  a burocracia do cotidiano não deixam. Os 5,3 milhões de estudantes que se dedicaram ao exame tiveram a marca da infelicidade pregada na testa por causa de 600 e poucos alunos de uma escola que deixou muitas dúvidas quanto aos seus princípios ético-educacionais. Punição para eles? Ótimo! Ou seja, pontos positivos na “avaliação de aprendizagem” do Tribunal Regional Federal 5.
Os desfalques nos exames somam alguns números, para mais, no hanking da pouca vergonha, e, os brasileiros subtraem, da sua esperança, um país que deveria proporcionar o mínimo de assistência àqueles que tanto se esforçaram para que, em dois dias de crucificação, respondessem a 180 questões, além de uma produção textual que jamais conseguirá medir as múltiplas inteligências que os candidatos detêm. Ou seja, pontos para os candidatos! Aliás, palmas!
Mediante a tantos episódios de falcatruas na execução do ENEM, há de se repensar a estrutura do exame para que ele garanta ao aluno a satisfação de passar para uma nova fase da vida tranquilamente; carregando na mochila não só conhecimentos formais, mas, principalmente experiências que traduzam a felicidade de ele ter sido promovido e não enganado. O MEC mais uma vez perdeu pontos, e precisa fazer a velha prova final para recuperar o respeito que deve aos candidatos. Ou seja, nota zero para o MEC.

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