domingo, 9 de janeiro de 2011

Gramática: um quebra-cabeça fundamental na linguagem escrita

“Gramática nunca foi meu forte, sempre tem uma contradição, mais exceções do que regras e isso confunde muito minha cabeça” “ Detesto o professor de Gramática” “ não consigo entender a explicação do professor” já diziam alguns alunos. Muitos deles sentem dificuldades em aprender as normas que regem o nosso idioma. Não só têm dificuldades, como também desenvolvem uma aversão seja pelo amontoado de regras e exceções que a própria gramática possui, seja pela metodologia ou falta de uma didática convincente utilizada pelo professor, ou até mesmo pela falta de empatia que o aluno desenvolve na disciplina por não ter superado a primeira dificuldade que enfrentou.
Se fizermos uma alegoria ao pensar na gramática como sendo um quebra cabeça, compreenderemos que são peças soltas, e, em algum momento, precisarão se conectar para exibir uma possível imagem com um sentido, ou significado. Então, podemos dizer que as peças soltas do quebra-cabeça são os significantes e quando associam-se desenhando uma forma, podemos perceber o seu significado.
Ao olharmos um texto, provido de sentido completo, perceberemos que ali encontra-se um todo com significado construído através de partes harmônicas. Esse todo podemos chamar de macroestrutura textual e as partes que o formaram são as microestruturas, ou seja, são artigos juntando-se a substantivos, verbos, preposições, advérbios, pronomes, etc, com o objetivo de construir um todo significativo.
Para que isso seja percebido de uma forma simples, é necessário que nós professores desenvolvamos metodologias que beneficiem a compreensão dos alunos, deixando de lado vícios e didáticas tradicionais, os “ bê-a-bás”, ao ensinarmos as classes gramaticais isoladamente, sem contextualizá-la. No entanto, é preciso construir uma didática moderna cuja intenção é a de simplificar, mediar o conhecimento através de textos bem interpretados, questionamentos sobre as regras dentro daquele determinado trecho, reflexões pertinentes, leituras entusiasmadas, filmes didáticos, músicas que abordem as temáticas das aulas, entre outros métodos importantes para a construção e transformação do conhecimento gramatical. A Gramática trabalhada de forma isolada e solta fica sendo o saber pelo saber decorado sem fundamento, consequentemente, mal absorvido.
Somando-se a isso, é interessante nós, professores, demonstrarmos amor, paixão pela disciplina que lecionamos para que o aluno sinta curiosidade em aprender e desenvolver uma relação prazerosa com o estudo. Mesmo sabendo que os alunos “ não querem nada com a vida” é preciso que nós docentes despertemos para procurarmos métodos que atraiam o aluno em vez de repeli-lo; sem justificar nossas falhas nas supostas “negligências” dos discentes.
Portanto é fundamental comprometer-se com o saber da norma padrão (uma das ramificações fundamentais da linguística) pois todo falante da língua portuguesa tem por obrigação conhecer as regras que regem sua língua materna. Isso servirá não só para a garantia de conquistar melhores espaços no mercado, angariar promoções, ou para fazer concursos, mas sim para que nós fiquemos por dentro de um dos fatores que são preponderante da nossa cultura: a linguagem.
Andressa Fabião

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